A Martinha estava só à espera do Tio Nuno...

É verdade, isto há coincidências daquelas... Este sábado fui fazer uma visita ao deserto, na companhia da minha amiga com apelido de azeitona :p...e por deserto, entenda-se a outra margem do rio Tejo.

As promessas foram feitas para se cumprir, portanto lá fui eu tomar 1 cafézinho à mansão mais bonita da Atalaia (do Montijo), que a minha amiga SN (nos últimos tempos, também conhecida por barriguita) estava à espera de uma Martinha. Não podia deixar escapar a oportunidade de a ver com a Martinha ainda por dentro, grávida como tudo ;-). Alive and kicking...

Foi muito giro ver o Brusi e a SN na sua preparação mental e logística para o parto já agendado no dia 5 de Junho... Ah pois é, tanto prepararam que a Martinha pregou-lhes uma partida (a primeira de muitas) e saiu antes de tempo...
Até a SN, uma gaja (Gaja, desculpe...) sempre tão prática e despachada... estava preocupada! Quem manda fazer "power jump" até aos 6 meses e beber tanta água? Não explicam...

Pois bem, ficam aqui os parabéns para a criança recém-nascida e para os pais, que tudo corra pelo melhor... que a vossa vida nunca mais vai ser igual... Agora uma coisa é certa: a Martinha estava só à espera da minha visita para saltar cá para fora!

P.S.-Brusi, a caçadeira para ter atrás da porta já está encomendada...

Os últimos 2 meses...

O tempo passa realmente muito rápido, às vezes muito mais rápido do que o que gostaríamos...

Estava a reler as últimas postas do meu blog, escritas há demasiado tempo e dei-me conta que ainda não tinha escrito nada desde que me mudei para Magdeburg, na Ex-RDA.
No outro dia, num café à beira-Tejo, comentava isso mesmo com uns amigos e cheguei à triste conclusão que não tenho encontrado grandes motivos de interesse ou inspiração para o fazer. Também me sugeriram que podia usar isso como argumento para escrever.

Ainda assim, confesso que só escrevo quando me dá prazer, não gosto de me sentir "obrigado" a fazê-lo. Peço desculpa aos que gostam de ler "as balelas" que aqui escrevo, mas eu sou mesmo assim: só sinto prazer a fazer as coisas se tiver a liberdade de poder decidir se as quero realmente fazer ou não. Caso contrário, é um obrigação...e as obrigações custam mais...

Estou a viver num hotel com 500 quartos no centro de Magdeburg, uma cidade pacata com pouco mais de 200.000 habitantes, capital do estado de Saxony Anhalt. Ainda só passaram 2 meses, mas o simples facto de ser 1 hotel e andar sempre a saltitar de quarto todas as semanas vai ser cansativo dentro em breve.

O hotel tem 1 piscina e 1 fitness room pequenos, mas tenho tentado ser cliente! Vou pelo menos 2 vezes por semana à piscina logo de manhã (antes do pequeno almoço) e também de vez em quando ao fitness room correr um pouco (de manhã também ou ao fim da tarde). Além disso, semanalmente há 1 jogo de futebol de salão com a malta do projecto, que também dá para descomprimir.

Estar a viver numa cidade tem as suas compensações: OK, não temos a beleza e o ar puro dos Alpes à nossa volta (nem a neve), aliás até é tudo bastante plano; mas temos imensos restaurantes em "walking distance", e alguma variedade também (entre italianos, gregos, asiáticos, 1 checo, kebabs, alemães, fast-food); até temos centros comerciais e 1 supermercado aberto até às 22h. Não conheço grande coisa da cidade, mas também já ouvi dizer que 1 dia chega para conhecer; o que tenho visto também não me suscita grande curiosidade...

Sinceramente ainda não senti vontade de trazer a minha máquina fotográfica, provavelmente por falta de motivos para fotografar! 1 ou outro disparo com o telemóvel e pouco mais.

Magdeburg faz lembrar 1 cidade que parou no tempo ou que, pelo menos, está atrasada. Não sei bem explicar porquê, se são as pessoas, se são os edifícios...mas é a sensação com que fico. Realmente, se pensarmos que só se comemoram este ano, 20 anos desde a queda do muro de Berlim, que a Alemanha só foi reunificada 1 ano depois e que a Cortina de Ferro só terminou ainda 1 ano depois...se calhar não passou assim tanto tempo. Nitidamente há uma tentativa de rápido desenvolvimento desta área da Alemanha, mas ainda se sente alguma (grande) disparidade a vários níveis.

Ainda assim, estar na Europa Central tem a vantagem de se estar mais perto de outros países (e até de alguma família), principalmente tendo a possibilidade de viajar todos os fins-de-semana para Portugal (ou outro sítio). Além disso, estou a pouco mais de 120km de Berlim, a capital onde estive de férias há uma semana, mas isso vai ser objecto de outro post...

Se alguém estiver interessado em vir passar um fim-de-semana a Berlim, digam qualquer coisa, que eu provavelmente ainda vou andar por cá uns tempos mais.

1º team event...

No meu primeiro dia na Áustria, eis que havia um evento da equipa onde me insiro, e todos iam jogar... hóquei no gelo! OK, isso é fácil para austríacos, suiços, alemães, suecos...ou até para quem sabe patinar no gelo...agora para os tugas é que é o cabo dos trabalhos.

Eu como era newcomer fui só ver o jogo (não se pode dizer a bola, porque neste caso nem há), do qual fui proibido de tirar fotografias :p. Foi divertido e bom para começar a entrar no espírito.

Fica a ilustrar, a foto tirada do jogo que estava a acontecer antes...

Agora é que se vai acabar o sossego..

Não estranhem se um dia destes entrarem num avião da TAP e virem um sinal destes por cima do assento, em vez do clássico proibido fumar. A TAP já tem um A319 em testes com este serviço de telemóveis a bordo da OnAir...e o símbolo indica quando se pode (ou não) utilizar o telemóvel, como acontece com o cinto de segurança...

Eu confesso que já andei neste avião, é o "Almeida Garrett", numa viagem Geneva-Lisboa...e só pela piada fácil de telefonar a alguém e dizer "Estou nas nuvens" ou "Estou a ligar-te do céu", até experimentei, mas confesso que se ouvem melhor os motores do avião que qualquer outra coisa.

Ainda assim, partilho da opinião de MUITAS pessoas que dizem que se vai acabar o (pouco) sossego dentro dos aviões. À parte das criancinhas barulhentas, dos companheiros de viagem que não se calam, agora vamos ter também a classe dos que falam ao telemóvel para TODO o avião ouvir: vai ser cada um com o seu lindo toque polifónico a tocar e a berrar para ouvirem e fazerem-se ouvir...

Até à data, a utilização de telemóveis dentro dos aviões era proibida, havendo diversas teorias para essa proibição, mas não há-de faltar muito para que as companhias aéreas massifiquem estas redes de telemóvel por todas as suas frotas.

Isto desde que os porcos passaram a conseguir andar de bicicleta, tudo é possível...

Mudanças... parte II

As mudanças têm disto: ocupam-nos muito tempo a decidir, a executar e pior...a transitar. É disso que falo e é isso que vivo agora: transição.

Mudar de projecto é normal na minha profissão! O meu último nesta empresa foi o maior onde já estive, com tanta gente de tanta nacionalidade diferente quase parecia as Nações Unidas, mas vai deixar saudade... Pelas pessoas que conheci e que me fizeram crescer, pelas pessoas com quem trabalhei, pelas pessoas com quem privei... infelizmente não pelo tipo de trabalho...

Mudar de empresa nem sempre é fácil! Depois de 6 anos a trabalhar numa empresa, 10 anos no grupo empresarial, a mudança nunca é fácil. Inúmeras oportunidades com o pretexto de despedidas foram motivo de jantares e afins. Há necessariamente amigos e bons colegas que ficam...mas isso faz parte da vida! E é por isso que detesto despedidas e prefiro dizer... até já!

Mudar de país... Posso dizer que tenho tido a sorte de conhecer alguns sítios por esse mundo fora à conta do meu emprego: Espanha, China (Macau e Hong Kong), E.U.A, Suiça, França...e o saldo tem sido bem positivo! Para já, posso dizer que não vou repetir e que vou conhecer o 16º país do mundo, também no centro da Europa.
Ainda assim, a mudança não vai ser definitiva, vou estar aos fins-de-semana por Portugal, por isso não se livram de mim :p.

Mudar de ofício é que não... Ao fim de 10 anos de experiência acumulada e reconhecida, é difícil mudar diametralmente. Além disso, e como dizia um professor meu na universidade:

«Podes não fazer o que mais gostas, mas pelo menos que gostes daquilo que faças».

Eu revejo-me nesta frase porque adoro o que faço (e vou continuar a fazer), mas alguma falta de realização e algum cansaço foram motivos, entre outros, que me levam a embarcar nestas mudanças.

Ainda há dúvidas???

Ya taaaaaaaaaaaa...

É oficial, foi no passado sábado que senti o que é ser um pássaro (junto com mais 5 passarocos amigos), a voar de uma altitude de 3.500m... 25 segundos de queda livre (a 200km/h, por aí) e depois pairar sobre a planície alentejana até aterrar, quase dentro do pasto com bois que há mesmo ao lado do aérodromo.

9h e picos - Saída de Lisboa em direcção a Évora
10h e picos - Os futuros pássaros atingem no chão, a mesma velocidade que lhes foi dito que atingiriam em queda livre...mas ninguém teve coragem de pôr a cabecinha de fora do carro :p.
11h e picos - Chegamos ao aeródromo de Évora...com a boa notícia de que estava tudo atrasado...
...
14h e picos - Com 3h de atraso, começamos a ser equipados para entrar na aventura. Com tanto tempo de espera, o nervoso miudinho já tinha sido esquecido e só tinha ficado a ansiedade!

Bem apertadinhos, com um andar quase novo por causa do equipamento, aí vamos nós 12 (6+6 instrutores) entrar num Cessna a cair de podre... Além de nós e do piloto, iam mais 5 pessoas, 18 no total, tudo demasiado encaixadinho...num avião a subir a pique em direcção às nuvens.

Eu fui o primeiro a entrar, portanto último a saltar, logo vi os outros 5 passarocos amigos desaparecer pela porta do avião numa fracção de segundos em direcção a uma liberdade extrema, até chegar a minha vez. Uma fracção de segundo de medo à porta do avião e depois...a loucura, a emoção, a liberdade total, uma sensação inesquecível.

15h e picos - Depois de aterrar, quase fora do aeródromo, o que eu disse ao meu instrutor: Agora percebo porque é que vocês gostam tanto disto :p...

Acho que é necessário vontade e 1 pouco de loucura saudável para conseguir, mas dos que foram, ninguém se arrependeu, pelo contrário!

Logo que tenha fotos (da malta), ponho aqui ;-)...

Ainda não foi desta...

Não, não, não... ninguém ficou assim preso... mas provavelmente foi para evitar um cenário parecido que o nosso salto foi cancelado... na noite anterior!

O vento foi a causa apontada para a falta de condições de segurança...quando a meteorologia previa vento moderado (de 10 a 25 km/h)...

Keep in touch, quando houver novidades eu aviso.

Mudanças...

Mudanças... quando se desejam, por vezes não acontecem... quando não se desejam, por vezes acontecem... Estão muitas vezes dependentes de decisões, nem sempre fáceis...

A vida é feita de mudanças... impostas pelo tempo, pela própria vida... ou não! As mudanças podem também ser resultado da nossa vontade...apenas por termos vontade de mudar. Mas às vezes não é fácil ter vontade de mudar, é mais fácil apegar-nos ao que temos do que pensarmos no que podemos ter mais, se mudarmos.

Mudar não significa necessariamente esquecer tudo o que fica para trás, mas simplesmente adaptar tudo a uma nova realidade: isso é resultado da própria mudança...

Posso dizer-vos que 10 anos é muito tempo e ontem fez 10 anos desde o meu 1º dia de trabalho. Coincidentemente (ou não), a minha vida está actualmente a sofrer imensas mudanças...

Gosto de pensar que, quando se muda, seja para melhor... Ainda assim, a incerteza de uma mudança não nos permite pensar que será necessariamente assim...há um risco envolvido e apenas a certeza de que mudamos para algo diferente: melhor ou pior, o tempo o dirá!

Ainda assim, as mudanças são boas (por vezes, ÓPTIMAS :p) e não há que temê-las e sim aprender a viver com elas! Mais que isso, por vezes são NECESSÁRIAS...

A 13 de Setembro...

A banda sonora perfeita...

3000m de altitude...
Queda livre... a 200 km/h...
30 segundos de pura adrenalina...

Tudo isto, dia 13 de Setembro de 2008, no aniversário da minha querida amiga T.: EU e mais um grupo de amigos...

What are the odds?

5 portugueses

(incluindo 2 açorianos)

na Suiça,

vão a um restaurante japonês com nome de máquina fotográfica (Fuji),

estão a explicar como se pede a conta em chinês... e a empregada percebe :o...

A globalização no seu máximo expoente!

Show "Féerie" - Moulin Rouge

3ª semana em Paris, decidimos ir assistir ao espectáculo do Moulin Rouge. Para quem o reduziu a um espectáculo de meninas de "mamocas ao léu" está a léguas do espectáculo fantástico e diversificado que este antigo cabaret tem para oferecer...

Quando coloquei uma foto do exterior, desafiaram-me para colocar uma foto do interior... e eu como não sou de me ficar, levei a máquina "refundida" no bolso, sabendo que são proibidas dentro da sala de espectáculo.

Quase que me valiam ficar sem a máquina, mas depois destas 2 fotografias, foi "confiscada" por um funcionário e apenas devolvida no final do espectáculo... ainda assim, aqui fica uma amostra do "can can":


Se quiserem uma amostra do espectáculo, podem ver aqui... mas o melhor é, se tiverem oportunidade, verem por vocês mesmos (que é mesmo once in a lifetime)!

Semana gastronómica internacional...

Uma semana após a chegada a Paris, 10 anos depois, eis que se impõe falar sobre o que se tem comido por cá neste tempo... sim, que a variedade e a qualidade justificam largamente a posta... depois logo me dizem o que acham.

Dia 1
2ª feira, dia de chegada, tudo ainda cansado da viagem, fomos comer a um restaurante francês - Café Marco Polo, perto do hotel/Gare Saint Lazare. P'ra começar não estava mal...

Dia 2
Por sugestão da amiga CB (também a trabalhar em Paris), fomos até ao Quartier Latin, uma zona turística perto de Notre Dame e com muitos restaurantes, comer a um restaurante grego - Mythos, onde o tipo que estava à porta partia pratos à entrada (e quando saímos, tive deixá-lo partir-me um na cabeça, para eu poder partir um também à porta).


Dia 3
Jantar noutro restaurante francês - Bistrot Le Moderne, na Bastille (bife tártaro do melhor), com os nossos colegas espanhóis em que, como dizia uma das colegas, os empregados eram flower power... Medo!!!

Dia 4 Restaurante russo perto do hotel - La Gaieté Cosaque, por indicação do amigo (óptimo, por sinal - melhor só se o empregado entendesse francês)...

Dia 5
Restaurante japonês - Naoko, em Montmartre, pelo aspecto e que saiu muito bom também...

Dia 6
Restaurante húngaro - Au Petit Budapest, em Montmartre também, mais uma indicação do amigo... Definitivamente para repetir!

Dia 7
Restaurante chinês - La Chine Masséna, nos subúrbios de Paris (mais uma recomendação), em Chinatown, com um dim sum bem bom e uma animação upa upa...

Agora ainda há por aí os coreanos, marroquinos, mexicanos, togoleses, romenos... entre muitos outros! O amigo é que sabe!

Na terra do fondue...

Depois de 2 semanas e tal na terra do fondue, sem ter direito a provar o dito, eis que finalmente conseguimos convencer os não apreciadores de queijo (sim, que também os há - e só aqui no projecto, são 2!), a ir provar...

O fondue de queijo foi dividido por 4 e estava muito bom... Tanto que eu fui o que acabei a limpar o fundo do tacho com o pão que sobrava... mesmo sabendo que ia passar a noite a conversar com o queijo... Muito BOM, recomendo!

No dia seguinte, convite do cliente para jantar típico franco/suiço... Prato principal: FONDUE para começar e depois Pierrade (fatias finas de bife grelhadas na pedra)... Eu que nunca recuso queijo... fiquei-me só pelo bife na pedra...

Moral da história: foi só queixar-me que estava na Suiça e ainda nem tinha provado o fondue, toma lá 2 vezes na mesma semana :p...