Pois é, fez há pouco tempo cerca de 6 meses que iniciei oficialmente a minha nova aventura. Legalmente, obviamente que isto também tem significado, mas não é disso que quero escrever...
Como muitos de vós sabem, a minha vida nestes 6 meses tem sido feita de viagens de avião, ora estou aqui, ora estou ali... Aeroportos, aeroportos e mais aeroportos: já os conheço como a palma da minha mão. Estar no centro da Europa tem muitas vantagens e conto poder vir a aproveitá-las ainda mais; para já a família normalmente distante tem estado mais próxima. É muito cansativo, mas é óptimo ver Lisboa do céu todas as semanas e poder dizer: esta é a minha cidade!
Comecei a escrever esta posta num aeroporto no exacto dia em que fazia 6 meses, estou a continuá-la num avião e sabe-se lá onde irei acabar a postá-la para que vocês a leiam.
A minha vida, por minha própria opção, deu uma volta de 180 graus: empresa nova, emprego novo, países novos, colegas novos! Ao fim deste tempo, dou por mim a pensar no que não mudou, porque seguramente as mudanças foram muitas mais. Os amigos não mudaram!
Continuo a adorá-los da mesma forma (como sei que eles fazem comigo)...mas a verdade é que sinto saudades de poder estar com eles mais vezes, de participar em momentos na vida deles e eles na minha... mas a verdade é que me sinto de alguma forma distante deles!
É inevitável e eu sabia-o desde o início, só não esperava que acontecesse tão depressa: estar longe (ainda que normalmente só durante a semana) faz com que perca momentos engraçados, felizes, tristes, faz-me sentir estranho, alienado de coisas das quais fazia parte e agora já não consigo fazer, seja porque não estou presente ou simplesmente porque não me sinto igual...
Estou de alguma forma triste, porque apesar de tentar estar com os meus amigos, nem sempre o consigo! Sinto-me triste porque sei que não lhes estou a dar o que eles merecem e o que gosto de lhes dar, para que sintam o quanto fazem parte da minha vida.
Os que estiverem a ler-me, não quero que fiquem tristes, mas sim felizes porque apesar de tudo nunca me esqueço de vocês. A vida é feita de ciclos, alguns induzidos pelas escolhas que fazemos, pelas mudanças que lhe incutimos com as nossas decisões.
Este ciclo da minha vida está a mostrar-me que tenho dificuldade em viver longe de vocês. Eu sei que aqueles que são verdadeiramente Amigos, vão sempre lá estar de braços abertos à minha espera...e como os ciclos não são eternos: me aguardem...
Para os que pensavam que ia falar de trabalho e do que tenho feito nos últimos meses, apenas tenho a dizer que as coisas me correm de feição e julgo que estou a conseguir provar o meu valor a tantas pessoas de diferentes nacionalidades com quem me tenho cruzado neste ciclo: espanhóis, italianos, franceses, suiços, alemães, polacos, romenos, indianos, búlgaros, lituanos, letões, suecos, turcos, croatas, tailandeses, eslovenos, israelitas, irlandeses, ingleses... São todos diferentes e, ao mesmo tempo, todos iguais: representam pouco na minha vida e nunca chegarão ao que alguns ex-colegas de trabalho chegaram: entrar no meu círculo de amigos!
Em termos de trabalho, estou seguramente muito melhor do que estava quando decidi mudar, mas como o ser humano é insatisfeito por natureza...agora sinto falta das outras coisas que dava por adquiridas e que agora sinto mais distantes.
Aqueles que me conhecem, sabem que tenho os meus dias NÃO! Aqueles em que preciso de estar só com os meus botões, a pensar em tudo e em nada ao mesmo tempo; que me fecho totalmente e não quero ouvir nada nem ninguém. Não incomodo ninguém e só espero o mesmo dos que cirandam à minha volta. Faz parte e este desabafo tem muito a ver com esse pedaço de mim...
Aqui continuo eu, para quem me quiser ouvir/ler...para todo o mundo cibernético, mas especialmente para vocês, os meus Amigos que eu ADORO! Carpe diem... (by my friend K.)
A simplicidade de 1 raio de sol reflectido numa mesa, através da esquina de um vidro...
Este nem diz STOP, é bom que parem...
