10 maio, 2006

Uma decepção

Bem, eu realmente já tinha feito um comentário relativamente ao tamanho do último livro do Dan Brown editado em Portugal: Fortaleza Digital...

O que acontece é que já acabei de o ler e a qualidade do mesmo é proporcional ao tamanho e inversamente proporcional às expectativas geradas à volta do mesmo.


Nem o facto de grande parte dos acontecimentos se desenrolarem na cidade de Sevilha - essa bela cidade no coração da Andaluzia, bem conhecida por mim - fez com que o livro se tornasse mais interessante. É o que dá ler, em último lugar, o primeiro livro de um autor: pelo menos espera-se que o próximo seja melhor do que o último (já que este é o primeiro, na realidade).

Melhores livros virão, digo eu... Alguém tem sugestões?

1 comentário:

Anónimo disse...

Grande amigalhaço, cá ficam algumas sugestões de livros bacanos, nada dessas repetições exaustivas de personagens e enredos tão características do Dan Brown e da sua exploração exaustiva do filão "já que o Da Vinci deu vamos portanto tocar sempre a mesma nota a ver se pega"!

Para leres uma coisita gira, podes começar por "A sombra do vento" de Carlos Ruiz Zafon. Passa-se entre Barcelona e Paris e a história prende da primeira à última letra. O nosso compincha Rui SG tem a versão em castelhano e eu a versão em português, para o caso de não quereres gastar a massa.

Umberto Eco "O Pêndulo de Foucault". Considero-o um livro super-hiper-mega-complicado que te vai levar até à Wikipedia algumas vezes, só para saberes quem raio são os grupos todos de que ele fala! Li-o a conselho do Rui SG, que me disse que achava o Código Da Vinci um plágio deste. Depois de o ler, se não vou tão longe a ponto de dizer "plágio", pelo menos digo sem medo que o senhor Brown leu com certeza este e pensou "espera lá que se eu fizer uma versão light desta história ela terá pernas para andar e para me pôr a mim a andar de Bentley".

Se não fores um gajo religioso aconselho-te vivamente "The End of Faith" de Sam Harris. É o livro mais herege que li. Um espectáculo! Coloca todas as religiões num mesmo prato: o prato dos maiores logros da nossa espécie. A espaços pode até ser um bocado americanoide, sobretudo na análise ao Islão no pós 11 de Setembro, mas a americanice também lhe dá muitos pontos na virtude da objectividade. Diz, sem papas na língua, aquilo que as religiões são.

E para te entreteres os próximos 3 meses já deve chegar! Abraços